vendredi 26 décembre 2008

a life-sized paper doll

a coisa mais boba do mundo: ter olhos que ardem, quase secando, e passar o tempo todo passando a mão na própria testa como que para varrer algum pensamento ruim (mas eles nunca se vão, não é? populam toda a casa, escondem-se dentro dos armários da cozinha e em cada gaveta, e por trás de cada porta, e dependuram-se no teto como móbiles estáticos, perfeitamente solidificados em pessimismo e fuligem).

querer desaparecer, também: não era para ser assim. há tanto a ser feito que nem me sinto de férias -- uma vida inteira a ser decidida antes que seja tarde, tarde demais, antes que seja amanhã e não haja mais tempo para nada a não ser lamentações.

por exemplo: há todos esses livros a serem lidos. não consigo sequer tocá-los, estou em completa estática de verão, pré-novo ano, pós-ceia de natal.

queria tanto uma existência de piano.

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