samedi 17 janvier 2009

all of the king's horses and all of the king's men couldn't put my heart back together again.

o mais chato é não saber se isso é auto-sabotagem ou simplesmente persistência em um objetivo. por exemplo. se o príncipe tem de lutar com o dragão para chegar até a princesa, mas parece tão difícil, tão complicado, tão impossível (afinal de contas: um dragão é um dragão: não um rato, não um cão, mas um dragão gigantesco, cheio de escamas e espinhos, e brotando fogo da garganta) -- e então ele encontra uma saudável camponesa, nada como a princesa, mas, ainda assim, adorável. ele deve:

a) ignorar a camponesa, tão fácil, tão palpável, tão graciosamente comum como as margaridas -- e lutar contra o dragão mesmo sabendo que talvez ele morra na luta, que talvez não valha a pena arriscar a vida por uma princesa, mas, tendo um objetivo, continuar mesmo assim.

b) esquecer a princesa. princesas nem são tão adoráveis assim. quem é que garante que ela já não tenha sido violada (voluntariamente, é claro) por todos os cavalos e homens do rei? e mesmo que não tenha sido, quem é que garante que ela irá casar-se com ele, depois de matar o dragão? e além do mais, é tão mais confortável estar com a camponesa.

c) flip a coin.

qualquer um diria: b. mas quem mais pode saber a resposta, senão o príncipe? é a vida dele que será arriscada, é apenas dele que depende o que acontecerá depois.
mas e se nem mesmo ele souber? e se for um príncipe melancólico, devastado por uma sucessão de camponesas e princesas dizendo adeus adeus para sempre? e esta princesa acena de longe. ela sorri. embora seja apenas isso: acenos e sorrisos e nada mais, pas de promesse a l'éternell.

but is her sweet expression worth more than the peasant's love and affection?

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