mercredi 21 janvier 2009

certo, resolvi reler os últimos dois posts e parabéns para mim, sou perfeitamente insana. preciso parar de agir assim urgentemente antes que algo ruim de verdade me aconteça e eu acabe por dizimar toda a raça humana, só de raivinha. afinal de contas, eu vivi vinte anos assim e não é como se eu estivesse bem, né. digo, as coisas estão todas bem, na medida do possível, só eu que não estou bem.

mas há um lado bom nesses insights. pelo menos eu vejo tudo o que está errado (e, oh lala quel surpris!, tudo o que eu achava que estava errado no mundo na verdade está errado comigo) e posso tentar mudar isso. devagarzinho, é claro, porque não posso simplesmente acordar amanhã e sair distribuindo flores e abraços enquanto internamente penso em extermínios. hoje ao menos consegui olhar para uma menina ultramontada, brincos enormes e barriga de fora e salto alto e dois quilos de colares, cinco de maquiagem, e não desprezá-la por completo. até sorri para ela, mas foi um sorriso de verdade, durante alguns segundos até me senti igual a ela. não como se eu estivesse ultramontada, mas como se ela fosse uma pessoa exatamente como eu, apenas com um invólucro diferente. e provavelmente é esse mesmo o caso. é muito difícl enxergar isso, ao menos para mim.

aí lembrei de kissing book.

(hold you head up, little girl
don't be scared off by the world
and all its bitterness,
because everyone's just like you
and everyone needs friends.
)

enfim, suponho que não seja tão difícil assim. e, na pior das hipóteses, ao menos vou ter gastado meu tempo tentando fazer algo bom, para mim e para os outros, porque, let me tell you, se eu me olhasse de fora e não conhecesse meus motivos para ser tão esnobe, eu me socaria. acho que amanhã vou indeed ser muito legal com as pessoas à minha volta, porque elas merecem medalhas, pérolas e condecorações por me aguentarem.

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